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sábado, 17 de maio de 2014

O MITO DO AMOR


                                  O MITO DO AMOR

O grande mito do amor consiste em que estás convencido de que podes amar alguém, alguma coisa, ou pelo menos, a ti mesmo. Ninguém pode amar outro; tu não podes amar-te a ti mesmo, nem amar outras pessoas!
Sabes por quê? - Porque o amor não é um «fazer» mas um «permitir ser»!

A energia a partir da qual o Universo está construído possui, em si mesma, uma qualidade: um deleite de ser. Trata-se da aceitação do direito de todas as coisas serem o que são, da alegria da expressão de todas as coisas, à medida que desfrutam do seu direito de ser.
Todos os seres provêm da Fonte e, por isso, têm o direito divino de expressar a sua divindade, tal como todos os seres têm o direito de desfrutar das expressões dos demais. Assim é porque, na verdade, todos são um só... ainda que engenhosamente disfarçados para darem a sensação de estarem separados.
Aceitares esta satisfação de te exprimires, assim como o deleite de ver os outros a fazerem o mesmo, é uma experiência maravilhosa, e que constitui aquilo a que eu chamo «amor».
No entanto, não se pode «fazer» satisfação ou deleite; só se pode permitir que assim seja e deixar que isso inunde o ser completamente, como qualquer outra emoção. E, de fato, esta emoção não está condicionada por aquilo que o outro ser possa fazer; baseia-se em conhecer e experimentar a divindade que há nele.

Se alguém que tu conheces está, por exemplo, irritado e agressivo, ainda assim, ele está a expressar a sua divindade... ainda que tal forma de expressão possa não te cativar muito!

Portanto, o amor não é algo que se possa «fazer»; é, sim, a resposta, vinda de dentro, a uma freqüência particular de energia que flui para dentro de ti, que vibra através de ti e ressoa à tua volta, constantemente.
Porém, muitas coisas podem fazer com que te contraias perante o amor. O medo, evidentemente, impedirá que o sintas e distorcerá aquele pouco que ainda sejas capaz de sentir.
O medo não é o oposto do amor; é o guardião vigilante do portão que, muito simplesmente, impede que sintas, nos teus campos, altas freqüências de energia.
O medo encontra-se enraizado nos sistemas de crenças ou nas opiniões acerca da realidade, embora não tenham qualquer relação com a realidade em si mesma.
O amor consiste em te permitires sentir esta energia em relação a ti mesmo em relação aos outros e ao Universo em geral. O amor começa com a aceitação do direito de ser, pessoal e alheio, uma aceitação que vai crescendo até se converter num apreço por ti mesmo e pelos outros, pelas suas qualidades, dons e bondade básica. E continua a crescer até se transformar numa alegria e numa fascinação que envolve tudo e todos.

Muito bem. Mas então, o que fazer para que isto te aconteça?
Antes do mais, livra-te do medo de estares separado do ESPÍRITO, de seres incapaz de manejar a tua vida, de seres melhor ou pior do que os outros. Quando fores capaz de te ver a ti, e aos outros, como seres imensos e multidimensionais «embutidos» em insignificantes corpos, esses medos desvanecer-se-ão.

Isto não é nada fácil porque em todos os momentos estás mergulhado, nadas, numa espessa sopa de medo, denominada realidade de consenso. Mas, tal como veremos a que é a realidade... o que não tem qualquer semelhança com a verdade. Mas também é verdade que essa realidade de consenso foram vocês todos que a construíram ao longo de milhares de anos... o que foi de extrema utilidade para o jogo da separação!
Devido aos medos profundamente enraizados que a maioria das pessoas transporta nos seus campos, tornam-se incapazes de distinguir entre o amor e o medo. Por conseguinte, aquilo a que essas pessoas chamam amor, na verdade, não passa de um intercâmbio manipulador de atenção e afetos.

A pessoa que não se ama a si mesma, ou que não pode fazê-lo (quer dizer, que não pode ver ou não dá permissão à sua própria divindade), irá desesperadamente em busca de alguém que a faça sentir segura. E, quando vê esta segurança ameaçada, volta a cair na chantagem e no controlo emocionais através da retenção do afeto... em nome do amor!

Quando se ouve alguém dizer a outra pessoa: «Amo-te», o que, frequentemente, quer dizer é: «Tenho medo e preciso de ti para seres o meu escudo de proteção». Ou, quando Estanislau (que é casado com Fenegundes), mantém relações sexuais com Hermenegilda, Fenegundes logo massacrará o marido com o seguinte discurso: «Como foste capaz de me fazer uma coisa destas!? Sempre julguei que me amavas!»5 Mas, o que é que a divindade de Estanislau – pergunto eu - tem a ver com os direitos de exclusividade que Fenegundes pensa ter sobre o corpo do marido?
O que, de fato, ocorre aqui é que Fenegundes está a sentir-se insegura. Se ela fosse capaz de ver a divindade em si mesma e em Estanislau, muito provavelmente, o comentário seria: «Então? Foi bom?»

Mas – por favor! – trata de ver a perfeição em tudo isto. Conseguir levar a separação até este ponto requisitou a vossa máxima engenhosidade... a qual se transformou num êxito inaudito!

O amor é relaxares-te dentro da tua própria natureza. De fato, não podes sair prejudicado por te abrires a esta energia. Evidentemente, uma pessoa que ainda esteja a operar a partir do medo, poderá fazer com que passes um mau bocado; todavia, encara esse comportamento como uma réplica baseada no medo, uma resposta que não te é dirigida especificamente, mas sim ao que tu representas para ela. É por essa razão que ela age a partir dos seus próprios medos. Assim sendo, o comportamento dessa pessoa não tem nada a ver contigo!

Este ponto de vista é essencial para que possas tornar-te «impessoal»... mas isso é um outro tema.

Desta forma, sente-te infinitamente amado pelas tuas dimensões mais elevadas, especialmente pelo eu-espírito. Descarta-te do medo de estares sozinho. Não estás só, nem nunca poderás vir a estar.
Trata de aceitar e apreciar a tua natureza; se te deleitares com quem verdadeiramente és começarás a sentir o amor do ESPÍRITO a fluir dentro de ti.
E lembra-te: o amor não precisa de ser dirigido para ninguém em particular; o amor não é mais do que a Fonte amando-se a si mesma.

Desde que te permitas sentir o fluxo desta energia, perceberás que ela cresce nos teus campos e, desde aí, inevitavelmente, projeta-se na direção dos outros.
Um dia, quando a represa se romper, verás os teus campos inundados de uma aceitação incondicional em relação a tudo e todos.
Tudo é feito de uma «coisa boa»; portanto, quem não está submetido ao amor?

«Espera aí! - poderás tu dizer-me – todos os dias estou rodeado de pessoas com espíritos malévolos. Como poderei amá-los?»
É muito simples: não ofereças resistência às suas caprichosas personalidades ou elas, simplesmente, assanhar-se-ão ainda mais. Limita-te a abrir o chakra do coração e sente a energia do amor nos teus campos; se abrires o teu chakra cardíaco, essas pessoas terão que se esforçar bastante para manter os delas
fechados. E agradece-lhes por te terem dado a oportunidade para praticares este simples estratagema!

O ódio, os ciúmes, etc., são os sinais de uma personalidade baseada no medo, que não pode sentir a energia do amor no interior dos seus campos. Então, canaliza amor para ela projetando sobre ela uma golfada energética de iniciação.
Se o medo for demasiado grande, talvez a coisa não funcione, mas, pelo menos, esse fluxo de amor projetado impedirá que o medo dela contamine os teus campos. Livre da necessidade de seres condescendente, sê amorosamente compassivo.

Jamais te esqueças disto: estar exilado do ESPIRITO significa morar onde domina o medo.

Nunca antes, na história deste planeta, as energias favoreceram tanto a abertura a esta vibração. Por isso, permite-te ressoar com ela à medida que se for apropriando dos teus campos; permite que impregne todas as tuas relações, indistintamente: o namorado, os amigos, os familiares, o mecânico de automóveis, a empregada do supermercado...

Vocês, Trabalhadores da Luz, estão no princípio da fila, à frente do resto da população; além disto - permitam–me que vos recorde - concordaram em dar inicio a esta brincadeira!
Portanto, quando sentirem a ressonância do amor, ganharão a segurança suficiente para permitirem que as amizades alcancem novos níveis de intimidade. Ter medo da intimidade significa, muito simplesmente, ter medo de perder a identidade. Posso garantir, no entanto, que, aderindo a tal abertura do coração, vocês sairão a ganhar, não a perder.

Quando as pessoas se permitem vibrar com a energia do amor, sem se verem obrigadas a ceder ante a imposição de condições ou expectativas futuras, começam a operar de espírito para espírito. Nesta expressão plena de quem são, torna-se fácil e natural compartilhar, mental, emocional e fisicamente. O sexo, portanto, converte-se na união do espírito com a carne, em vez de ser uma mercadoria passível de ser transacionada por um pouco de segurança... ou um bom jantar!

O teu corpo físico é uma gloriosa expressão do Espírito; compartilhar esta expressão de forma livre, aberta e satisfatória com outras pessoas, é, apenas, mais um aspeto da tua divindade.
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4 - Estes nomes foram acrescentados pela tradução portuguesa.


E o que é que acontece se estiveres envolvido numa relação que começou a definhar?

O velho método consistia em transigir e trabalhar essa relação na esperança de conseguir reconciliar as diferenças. Agora, porém, já sabes que as vossas «assinaturas» energéticas não estão a engrenar. Assim, dado que ninguém tem a culpa, façam as pazes e sigam em frente. Que cada um siga o seu caminho, antes que comecem as lamentações. Manterem-se de molho na escuridão não serve a nenhum dos dois e muito menos ao ESPÍRITO. Tu e a tua parceria tinham um acordo de espírito para espírito, para ficarem juntos durante um certo período; e, durante esse lapso, as vossas «assinaturas», de fato, encaixaram-se. Porém, quando um acordo termina, a ressonância começa a falhar e não tarda a darem-se conta de que a «outra metade» quase parece um estranho. O melhor que têm a fazer nestas condições é honrar a situação e declarar um empate! E afastem o medo de que não virão a ter mais relações, uma vez que a ressonância desse medo, vibrando nos vossos campos, afastará os pretendentes. Ao invés, mantenham-nos a vibrar numa saudável expectativa e confiança, e limitem-se a observar!

Pode ser difícil ver a «perfeição do plano» quando, por exemplo, as relações primárias terminam e, eventualmente, trazerem consigo situações e sensações como abandono, dor, vergonha, culpa, perda de auto-estima, etc. ...
De fato, onde está a perfeição em tudo isto?

Bom, lembrem-se de que decidiram participar no jogo tendo em vista os objetivos a que se propuseram. Talvez tenha sido, por exemplo, para desbaratar o velhos padrão de insistir em olhar para fora em busca de aprovação, ou para assimilar novos dados acerca da natureza do amor, ou para se deslocarem para um estado transpessoal. Não importa a razão; observem o quadro completo e vejam se vos serve. Se calhar sentiram necessidade de ficar sozinhos para ultrapassar certas mudanças... ou para se libertarem e começar uma nova relação... ou para viver noutro lugar.

Vocês são Trabalhadores da Luz, estão aqui com uma missão e propuseram-se certas experiências para puderem melhorar o desempenho. Este não é um Universo ao acaso; nada ocorre sem que exista um propósito superior. Portanto, tentem ver o quadro completo. Mas, acima de tudo, tratem de não pensar que alguém lhes pregou uma rasteira. Não faz mal sentir um pouco da energia de «vítima» para, depois, a retirar dos campos. Porém, não serve para nada permitir que a instrução «ser vítima» se converta em parte da identidade. Além disso, por negar a maestria, acaba por se transformar num obstáculo.

Finalmente, lembrem-se de que a «Anedota Cósmica» está escondida algures, à espera que vocês sejam capazes de se lembrar, dela com... engenho e arte!

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